Mill, Daniel, Areu-e-Lima, Denise, Lima, Valéria Sperduti,
Tancredi, Regina Maria Simões Puccinelli, (agosto/dezembro 2008), O DESAFIO DE
UMA INTERAÇÃO DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: O TUTOR E SUA IMPORTÂNCIA
NESSE PROCESSO, em Cadernos da Pedagogia Ano 02 Volume 02 Número 04
. Disponivel em: http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viewFile/106/63
No modelo de ensino à distância (EaD), o tradicional
ambiente de sala de aula desaparece, sendo completamente redimensionados. A
educação é um processo pedagógico construído por docência e discência, isto é
ensino e aprendizagem.
Surge então o professor- tutor como elemento chave e de
ligação para o desenvolvimento cognitivo do estudante, este oriente, estimula e
faz com que o estudante construa o seu próprio saber e desenvolva processos
reflexivos.
Um tutor deve ter em atenção alguns pontos para que não
cometa erros que se poderão tornar irremediáveis assim, deve convencer-se, estar certo que quer ser tutor
on line, organizar-se, disciplinar-se, expressar-se, compartilhar-se,
dedicar-se, responsabilizar-se, cuidar-se e desafiar-se.
O trabalho pedagógico na EaD, utiliza mais a tecnologia, o
que faz com que o tutor seja mais hábil a dominar esses meios o suficiente para
atuar com naturalidade, agilidade e aptidão neste contexto virtual. Por isso, o
tutor virtual precisa estudar as possibilidades técnico-pedagógicas das
diversas tecnologias utilizadas no curso (especialmente as ferramentas do
ambiente virtual de aprendizagem) e buscar novas estratégias educacionais de
apoio ao estudante.
Conforme o tutor deve ser um bom gerenciador de equipas,
motivador para manter o aluno desperto, também o aluno deve dominar bem a
redação de textos, ter netiqueta, ou seja ter ética na web, ser auto confiante,
ou construir essa auto confiança, ser apoiado tecnicamente.
Estes aspetos realção a relação que deve existir entre o
professor, aqui chamado de tutor, e os
alunos em contexto de “sala de aula on-line”. É referido no artigo os papeis
fulcrais do professor on line e as tecnicas pedagógicas que se devem e podem
utilizar para manter o aluno motivado, autoconfiante para se “auto aprendizar”.
É importante saliantar que também são referidas responsabilidades por parte dos
educandos bom como algumas dicas para que o contexto on line se mantenha
salutar.
Gomes, M. J. (2008). Na Senda de Inovação Tecnológica no
Ensino à Distância. Revista Portuguesa de Pedagogia, 42(2), 181-202. Disponível
em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8073/1/artigo-senda.pdf
A autora começa por fazer referência ao avanço da tecnologia e
o que isto veio mudar o ensino presencial, levando também para o ensino à
distância e como ela evoluiu desde a
simples carta à tecnologia atual. Aparecem três dimensões fundamentais no ensino à distância (EaD):
A mediatização de conteúdos pedagógicos, a mediatização da relação alunos/ professores
e aluno/ aluno e a mediatização da interação dos alunos com os serviços da
instituição.
Enfatiza-se as diferentes gerações de EaD, e à diversidade de
modelos que podem ser adoptados pelas mesma universidades em diferentes cursos.
Realça a dimensão e mediatização de distribuição de conteúdos de aprendizagem.
Atribui-se seis gerações de EaD, a 1ª o ensino por
correspondência(1833...)onde a representação de conteúdos era mono-média e os documentos enviados pelo correio, com o contacto com o professor muito raro e o contacto aluno/ aluno inexistente com comunicação assíncrona com elevado tempo de retorno, a 2ª o tele-ensino(1970...)com multiplos média recorrendo a emissões televisivas e radiofónicas, com a comunicação com professor pouco frequente, comunicação aluno/aluno inexistente com uma modalidade de comunicação síncrona fortemente desfasada no tempo e transitiva, a 3ª multimédia(1980...) multimédia interativo com dvd's e cd's enviados postalmente, multimédia interativos, com a comunicação com o professor frequente,a comunicação aluno/aluno existente mas pouco significativa, com a modalidade de comunicação assíncrona com algum desfasamento de tempo, a 4ª E- Learning(1994...)com multimédia colaborativo onde existem ficheiros para downloade e upload,multimédia colaborativo, com a comunicação entre professor e aluno muito frequente, a comunicação aluno/aluno muito significativa com modelo de comunicação assíncrona com algum desfasamento de tempo individual ou em grupo e sempre com registo eletrónico, a 5ª o
M.Learning(2004...) com a mediatização de conteudos multimédia colaborativo e textual, a distribuição de conteúdos através de banda larga, a comuinicação professor/ aluno muito frequente, a comunicação aluno/aluno existente e muito significativa, com comunicação assíncrona e síncrona e a 6ª os Mundos virtuais,com a mediatização de conteúdos multimédia imersivo, em ambientes virtuais com momentos comunicacionais significativamente relevantes referindo-se e explicando-se cada uma delas em
pormenor, mostrando a sua constante
evolução e a quebra de barreiras
tecnológicas que foram sendo quebradas.
O conceito de geração EaD é multifacetado e ultrapassa a
dimensão meramente tecnológica, pois há
possibilidade de desenhar modelos pedagógicos com caracteristicas diferentes.
Este artigo mostra bem a forma como o EaD foi sendo tratado
ao longo da sua criação até aos nossos dias e a evolução que sofreu e vai
sofrendo até ao modelo que dispomos atualmente. De salientar que a partir da
quarta geração além dos avanços tecnológicos, a relevância que foi dada aos
momentos comunicacionais, que passam a ser significativamente relevantes.